Um historiador judeu de nome Josefo escreveu no final do primeiro século D.C., em sua obra Tempos Antigos Dos Judeus: "Havia, então, um homem nesse tempo chamado Jesus, um homem sábio, se é que é lícito chamá-Lo de um homem; pois ele fazia maravilhas, um mestre de homens que receberam a verdade com imenso prazer. Ele atraía para si muitos judeus e também muitos dos gregos. Tal homem era o Cristo e quando Pilatos o condenou à cruz, pela acusação dos homens principais entre nós, aqueles que o amaram desde o princípio não o abandonaram; ele lhes apareceu vivo no terceiro dia. Os santos profetas haviam falado estas coisas e milhares de outras maravilhas a respeito dele. E mesmo agora, a raça de Cristãos, os que tomaram seu nome, não desvaneceram."
Josefo era um judeu tentando agradar aos romanos e certamente ele não teria relatado esta história se não fosse verdade, já que não era agradável aos romanos retratar Pilatos como aquele que havia condenado o "Cristo". Simon Greenleaf, Professor de Direito na Universidade de Harvard, escreveu em An Examination of the Testimony of the Four Evangelists by the Rules of Evidence Administered in the Courts of Justice –(Um exame do Testemunho dos Quatro Evangelistas segundo as Regras de Evidências Aplicadas nas Cortes de Justiça): "As grandes verdades que os apóstolos declararam eram que Cristo tinha ressuscitado dos mortos, e que só através do arrependimento do pecado, e fé em Jesus, os homens poderiam obter a salvação. Esta é a doutrina que eles afirmavam com uma só voz, em todos os lugares, não apenas sob condições de desalento, mas ante os mais assustadores erros que se podem apresentar à mente do homem. O mestre desses homens acabava de morrer como um malfeitor, pela sentença de um tribunal público. Sua religião procurava derrotar as religiões do mundo inteiro. As leis de cada país estavam contra os ensinamentos de Seus discípulos. Os interesses e as paixões de todos os governantes e grandes homens no mundo estavam contra eles. O costume do mundo estava contra eles. Propagando esta nova fé, mesmo que da maneira mais inofensiva e pacífica, eles não podiam esperar coisa alguma a não ser desprezo, oposição, insultos, perseguições amargas, açoites, aprisionamentos, tormentas e mortes cruéis. Ainda assim, eles propagaram zelosamente a fé que tinham, suportaram firmes todas estas misérias e, não somente isto, eles o fizeram com júbilo. Foram expostos a mortes miseráveis um após o outro, contudo os sobreviventes prosseguiram a obra com maior vigor e determinação. Poucas vezes os anais de combates militares fornecem tal exemplo de persistência heróica, paciência e indescritível coragem. Eles tinham todas as razões possíveis para reverem cuidadosamente os fundamentos da fé que professavam e as evidências dos grandes fatos e verdades que afirmavam; e estas razões os oprimiam com tristeza e freqüência terrível. Por isso era impossível que eles persistissem em afirmar as verdades que narravam, se Jesus não tivesse realmente ressuscitado dos mortos. Sem sombra de dúvida eles sabiam o que tinha acontecido" (Greenleaf, Simon. Testimony of the Evangelists, Examined by the Rules of Evidence Administered in Courts of Justice. Grand Rapids: Baker Book House, 1965 (reprinted from 1847 edition).
Depois da crucificação os apóstolos se esconderam temerosos pela perseguição das autoridades (certamente eles não tinham a coragem de entrar no túmulo de Jesus e "roubar" Seu corpo como os chefes religiosos queriam fazê-lo subornando os guardas). Ainda assim, dos doze apóstolos, onze morreram como mártires pregando que Jesus é o Filho de Deus que ressuscitou dos mortos. Pedro negou Jesus várias vezes depois que Jesus foi preso, mas pouco tempo depois de Sua crucificação e sepultamento, lá estava Pedro em Jerusalém pregando corajosamente sob ameaças de morte que Jesus era Filho de Deus e que havia ressuscitado. A fé de Pedro era tão fervorosa que na época de sua crucificação ele pediu para ser crucificado de cabeça para baixo porque não se considerava digno de morrer na mesma posição do Messias. Acredita-se que Tomé, que havia colocado seus dedos nas feridas de Jesus, também morreu como mártir atravessado por uma lança. Tiago, irmão de Jesus, que havia duvidado de Suas afirmações, morreu apedrejado depois que Jesus lhe apareceu
(1 Coríntios 15:7).
É muito difícil morrer por uma mentira. Na história contemporânea, temos visto algumas pessoas morrerem pelas causas políticas nas quais elas acreditam, mas ninguém morre pelo que não acredita. Alguma coisa transformou estes apóstolos intimidados e humilhados em poderosos porta-vozes de sua fé. Jesus lhes havia aparecido. O livro de Atos narra que Jesus Se apresentou vivo aos apóstolos. "Aos quais também, depois de ter padecido, se apresentou vivo, com muitas e infalíveis provas, sendo visto por eles por espaço de quarenta dias, e falando das coisas relacionadas ao reino de Deus" (Atos 1:3).