Cerca de 2.000 muçulmanos reuniram-se perto da capital da Malásia no último sábado, para denunciar uma tentativa cristã de converter muçulmanos. Esse embate religioso pode custar ao primeiro-ministro Najib Razak os votos das minorias nas próximas eleições.
A manifestação, liderada por organizações religiosas não governamentais, teve início em meio a uma onda crescente de acusações de conversões ao cristianismo.
Recentemente uma igreja metodista foi atacada por muçulmanos revoltados e o fato irritou as minorias étnicas do país onde mais da metade é de maioria islâmica.
Homens, mulheres e crianças levavam faixas e cartazes e gritavam palavras de ordem contra os cristãos. A maioria lembrava ao governo que, pela lei da Malásia, trocar de religião é crime.
“Nos reunimos aqui hoje para salvar a fé dos muçulmanos e acabar com essa ameaça de apostasia”, afirmava Yusri Mohamad, presidente do comitê organizador. ”Algumas pessoas dizem que eles [os não-muçulmanos] trabalham arduamente para espalhar a sua religião e não há nada de errado com a apostasia. São essas vozes que queremos calar com o nosso encontro de hoje. ”
Os membros da etnia malaia, mais da metade da população, são muçulmanos por nascimento e constitucionalmente proibido de deixar a fé. Os não-muçulmanos (cristãos e budistas) têm liberdade de culto. A igreja metodista disse que estava numa reunião de caridade quando foi invadida.
Os protestantes islâmicos dizem que era uma campanha evangelística e não estavam contentes com o número de pessoas que passaram a se denominar cristãs depois das reuniões naquele templo.
Interceda pela Malásia.
Com informações Reuters