Amigos, cerca de dois anos e meio ou três anos atrás, eu estava num hospital em Filadélfia. Eu era engenheiro da Pennsylvanis Lines e, embora tivesse uma esposa que orava, eu havia sido durante toda a minha vida um homem pecador. Nesta época eu estava muito doente e fiquei muitíssimo debilitado. Estava pesando menos que cinquenta quilos.
Finalmente, o medico que estava tratando de mim disse a minha esposa que eu estava morto, mas ela disse, ‘’Não, ele não está morto. Ele não pode estar morto. Eu oro por ele há vinte sete anos e Deus me prometeu que ele seria salvo. Você acha que Deus permitiria ele morrer agora, depois de eu ter orado vinte e sete anos e Deus ter prometido e ele não estar ainda salvo?
‘’Bem,’’ respondeu o medico, ‘ não sei nada sobre isso, mas sei que ele está morto’’ E fecharam a cortina em volta do leito, que nos hospitais separa os vivos dos mortos.
Para satisfazer minha esposa, foram trazidos outros médicos, um após o outro, até que sete estavam ao redor do leito, e cada um deles, à medida que vinha e examinava, confirmava o testemunho de todos os outros que haviam precedido. Os sete médicos disseram que eu estava morto. Entretanto, minha esposa estava ajoelhada ao lado do meu leito, insistindo que eu não estava morto – que, se eu estivesse morto, Deus me traria de volta, pois ele havia prometido a ela que eu seria salvo e eu ainda não estava salvo. Devagar, os joelhos dela começaram a doer por estarem ajoelhados no chão duro do hospital. Ela pediu para a enfermeira um travesseiro e a enfermeira trouxe-lhe o travesseiro sobre o qual ela se ajoelhou.
Uma hora, duas horas, três horas se passaram. A cortina ainda estava cerrada ao lado do leito. Eu estava deitado lá, imóvel, aparentemente morto. Quatro horas, cinco horas, seis horas, sete horas, treze horas se passaram, e nesse tempo todo minha esposa estava ajoelhada ao lado do meu leito e, quando as pessoas reapareciam e queriam que ela fosse embora, ela dizia, “Não, ele tem que ser salvo. Deus o trará de volta se ele estiver morto. Ele não está morto. Ele não pode morrer enquanto não for salvo.”
No final das treze horas, eu abri os olhos e ela disse, “O que você deseja, meu querido?” E eu disse, “Desejo ir para casa.” E ela disse, “Você vai para casa.” Mas, quando ela falou isso aos médicos, eles levantaram as mãos em sinal de horror. Eles disseram, “Isso vai matá-lo. Será suicídio.” Ela respondeu, “Vocês já tiveram sua chance. Vocês disseram que ele já estava morto. Eu vou levá-lo para casa.”
Agora estou pesando 110 quilos. Ainda dirijo um trem bala na Pennsylvania Lines. Saí em umas férias curtas e fui a Minneapolis para dizer aos homens o que Jesus pode fazer e estou feliz em poder dizer a vocês o que Jesus pode fazer” (Blanchard, pp. 94-95).