Numa versão da Bíblia aparece a palavra "contínua"... na NTLH, está escrito que "a igreja continuava a orar com fervor".
Porém a Nova Versão Internacional (NVI) da Bíblia, captou melhor o sentido da oração aqui... esta igreja do primeiro século, orava intensamente - isto é, orava da mesma maneira como o evangelho de Lucas mostra ter Jesus orado no Monte das Oliveiras (Lc 22.44).
No evangelho de Lucas lemos que Jesus, "Estando angustiado, ele orou ainda mais intensamente [a mesma palavra no original, usada lá em At 12.5]; e o seu suor era como gostas de sangue que caíam no chão".
Na Carta aos Hebreus 5.7, lemos sobre como Jesus orava, sobre como Jesus fazia oração. Lemos: "Durante os seus dias de vida na terra, Jesus ofereceu orações e súplicas, em alta voz e com lágrimas...".
Se Jesus entrasse hoje em nosso meio, para fazer oração, eu penso que Ele deixaria muitos crentes incomodados... primeiro, porque a oração dEle seria em alta voz, gritada em certos momentos, e segundo, seria também uma oração com choro, uma oração emocionada, de soluços e gemidos... e a gente prefere oração silenciosa, daquelas calminhas...
Mas a Bíblia nos ensina em Rm 15.30, pelo pedido de Paulo aos crentes, que lutemos com ele em suas orações.
Lemos isto: "Recomendo-lhes, irmãos, por nosso Senhor Jesus Cristo e pelo amor do Espírito, que se unam a mim em minha luta, orando a Deus em meu favor".
O apóstolo Paulo usou a palavra luta, uma palavra própria dos jogos olímpicos, nos quais, os atletas colocam todo o empenho, toda a força, toda a alma...
Portanto, isto significa o seguinte: a oração com poder é aquela que fazemos intensamente, quando colocamos nela toda a nossa alma.
Um servo de Deus chamado RA Torrey, analisando bem os dias atuais, observou isto: "Muito da nossa oração moderna não tem poder porque não tem coração".
Nós temos, irmãos, corrido para a presença de Deus com uma lista de pedidos na mão, que apresentamos pra Ele e logo nos levantamos e vamos embora... e, se alguém nos perguntar uma hora depois pelo que oramos, freqüentemente não sabemos dizer.
Oramos, na maioria das vezes, somente quando estamos em necessidade, quando estamos em perigo... Como se passou na sala de aula certa vez. A professora perguntou pr'os alunos: "Quem aqui faz oração antes das refeições?" Todos levantaram a mão, menos Joãozinho. "Joãozinho! Você não ora antes das refeições?" "Não, fessora... Lá em casa não precisa! A minha mãe cozinha muito bem!"
Irmãos, se colocarmos pouco do nosso coração nas orações que fazemos, não podemos esperar que Deus ponha muito do coração dEle nelas.