terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Experiência Pessoal com a Oração

Muitos de nós temos experiências com o doce poder da oração. Uma das minhas foi compartilhada com um homem do sul de Utah. Eu o conheci em meu consultório médico há mais de 40 anos, nos primeiros dias das cirurgias cardíacas. Aquele santo homem sofria muito por causa de um coração fraco. Ele implorou ajuda, achando que sua condição era causada por uma válvula cardíaca lesada que poderia ser consertada.

Uma minuciosa avaliação revelou que ele tinha duas válvulas defeituosas. Embora uma delas pudesse ser corrigida cirurgicamente, a outra não podia. Portanto, não era recomendável realizar uma cirurgia. Ele ouviu essa notícia com profundo desapontamento.

As consultas subseqüentes terminaram com o mesmo conselho. Por fim, em desespero, ele disse-me, muito emocionado: “Dr. Nelson, orei pedindo ajuda e fui guiado até você. O Senhor não me irá revelar como consertar aquela segunda válvula, mas Ele pode revelar isso a você. Sua mente está muito preparada. Se você me operar, o Senhor fará com que saiba o que precisa fazer. Por favor, realize a operação da qual necessito e ore pela ajuda de que você necessita”.

Sua grande fé teve um profundo efeito sobre mim. Como eu poderia recusar-me a ajudá-lo? Depois de uma fervorosa oração que fizemos juntos, concordei em tentar. Ao preparar-me para aquele dia fatídico, orei repetidas vezes, mas ainda não sabia o que fazer para consertar sua válvula tricúspide defeituosa.

Até no momento de começar a cirurgia, meu assistente perguntou: “O que você vai fazer com isso?”
Eu disse: “Não sei”. Começamos a operação. Depois de consertar a obstrução da primeira válvula, expusemos a segunda válvula. Descobrimos que ela estava intacta, mas tão acentuadamente dilatada que não podia funcionar como deveria. Enquanto examinava aquela válvula, uma mensagem se formou com clareza em minha mente: Reduza a circunferência do anel. Transmiti aquela mensagem a meu assistente. “O tecido da válvula será suficiente se conseguirmos reduzir eficazmente o tamanho do anel até suas dimensões normais.”

Mas como? Não poderíamos colocar uma cinta, como as que usamos para apertar a cintura de uma calça larga. Não poderíamos apertá-la com uma faixa, como a que segura a sela de um cavalo. Então uma imagem surgiu com clareza em minha mente, mostrando como poderíamos dar os pontos (fazendo uma prega aqui, uma dobra ali) para alcançar o objetivo desejado. Ainda me lembro daquela imagem mental — completa com linhas pontilhadas nos lugares em que as suturas deveriam ser feitas. A cirurgia de reparo foi realizada como fora desenhada em minha mente. Testamos a válvula e descobrimos que a insuficiência tinha sido notavelmente reduzida.

Meu assistente disse: “É um milagre”.
Respondi: “E a resposta a uma oração”.
A recuperação do paciente foi muito rápida e seu alívio, gratificante. Ele não apenas me ajudou de modo maravilhoso, mas fez com que o auxílio cirúrgico para outras pessoas com problemas semelhantes se tornasse possível. Não tenho mérito nenhum nisso. Todo o louvor deve ser dado a Deus, que respondeu a nossas orações. Aquele homem fiel viveu muitos anos e depois foi para sua glória eterna.
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