sábado, 24 de setembro de 2016

                                                         Tes­sa­lo­ni­cen­ses 5:17
“Orai sem cessar”

O apóstolo Paulo acon­se­lha os cris­tãos a orar sem ces­sar, o que sig­ni­fica sem inter­rup­ção, sem sus­pen­são, sem des­can­sar. Então, põe-se a ques­tão: como é possível estar a orar sem cessar?

Con­texto bíblico

O pró­prio S. Paulo afirma que orava sem ces­sar pelos cris­tãos em Roma, de acordo com o texto de Roma­nos capí­tulo um: “Pois Deus, a quem sirvo em meu espí­rito, no evan­ge­lho de seu Filho, me é tes­te­mu­nha de como inces­san­te­mente faço men­ção de vós, pedindo sem­pre em minhas ora­ções que, afi­nal, pela von­tade de Deus, se me ofe­reça boa oca­sião para ir ter con­vosco.” (Rm 1:9,10). O que Paulo está dizendo é que não deixa de men­ci­o­nar os cris­tãos de Roma nas suas orações.
Encon­tra­mos algo seme­lhante na sua pri­meira carta aos tes­sa­lo­ni­cen­ses, que diz: “…lembrando-nos sem ces­sar da vossa obra de fé, do vosso tra­ba­lho de amor e da vossa fir­meza de espe­rança em nosso Senhor Jesus Cristo.” (1 Ts 1:3) E na segunda carta consta: “Por isso nós, tam­bém, sem ces­sar damos gra­ças a Deus.” (1 Ts 1:13). Isto quer dizer que de maneira alguma dei­xa­vam de lembrar-se da fé que eles mani­fes­ta­vam, e de modo nenhum ces­sa­vam de agra­de­cer ao Senhor pela forma como tinham rece­bido a Pala­vra de Deus.

Por con­se­guinte, sem ces­sar sig­ni­fica ‘não omi­tir’ a ora­ção, os cris­tãos, ou a gra­ti­dão, na oca­sião apro­pri­ada para o facto. Dito dou­tra maneira seria: a vossa ora­ção deve ser sem omis­são na oca­sião pró­pria, no tempo deter­mi­nado para o efeito.

O sal­mista faz con­fis­são da sua prá­tica cons­tante na ora­ção: “Sete vezes no dia te louvo pelas tuas jus­tas orde­nan­ças.” (Sl 119:164). Da mesma sorte os ini­mi­gos de Daniel con­fes­sam o seu cos­tume na ora­ção: “Então res­pon­de­ram ao rei, dizendo-lhe: Esse Daniel, que é dos exi­la­dos de Judá, e não tem feito caso de ti, ó rei, nem do inter­dito que assi­naste; antes três vezes por dia faz a sua ora­ção.” (Dn 6:13). O que nota­mos nes­tas expe­ri­ên­cias é a fide­li­dade no pro­cesso da ora­ção pes­soal.

"A boa pregação nasce da boa oração."
John Piper (1946)
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