quarta-feira, 27 de julho de 2016

Os perdidos não serão e, na verdade, não poderão ser salvos a menos que alguém ore por eles!!!

Os perdidos não serão e, na verdade, não poderão ser salvos a menos que alguém ore por eles. Esta é uma declaração chocante que parece inacreditável até que vejamos a descrição bíblica dos perdidos como sendo: filhos do diabo (João 8:44), sob a autoridade de Satanás (Atos 28:18), a casa de um homem forte (Marcos 3:27), prisioneiros de guerra (Isaías 14:17) e cegados para o evangelho (2 Coríntios 4:3-4).

Todas estas são razões assustadoras para orarmos pelos perdidos se quisermos que eles tenham alguma esperança de salvação. Mas vamos nos concentrar apenas na cegueira espiritual neste momento. 2 Coríntios 4:3-4 diz, “Mas, se o nosso evangelho está encoberto, para os que se perdem está encoberto. Nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus.” Esta passagem ensina claramente que Satanás cegou as mentes dos perdidos com a finalidade específica de impedir que eles compreendam o evangelho.

Lewis Sperry Chafer nos diz que “A cegueira da mente, ou o véu colocado sobre a mente, mencionada em 2 Coríntios 4:3-4, causa uma incapacidade espiritual para o descrente entender o caminho da salvação, e é imposta sobre o homem não regenerado pelo arqui-inimigo de Deus em suas tentativas de impedir o propósito de Deus na redenção. É uma condição da mente contra a qual o homem não tem nenhum poder”


Um dos maiores pregadores de todos os tempos foi Charles H. Spurgeon. Veja o que ele fala ao compartilhar seu testemunho de conversão:

Confesso que fui criado em piedade, colocado em meu berço por mãos de oração, e as canções de ninar que cantavam para mim eram sobre Jesus. Eu ouvia o evangelho continuamente. Mesmo assim, quando a palavra do Senhor veio a mim com poder, era uma novidade tão grande como se eu tivesse vivido sempre entre as tribos não alcançadas da África Central, e como se eu nunca tivesse ouvido as novas da purificação feita com o sangue que correu das veias do Salvador.
Quando, pela primeira vez, eu recebi o Evangelho e minha vida foi salva, achei que eu realmente nunca o havia ouvido antes. Comecei a pensar que os pregadores que eu havia ouvido não o haviam pregado verdadeiramente. Mas, ao olhar para trás, fico inclinado a crer que eu havia ouvido o Evangelho inteiramente pregado muitas centenas de vezes antes. Esta era a diferença: Naquela época eu o ouvia como se não o ouvisse. Quando eu realmente o ouvi, a mensagem pode não ter sido mais clara em si mesma do que havia sido em épocas anteriores, mas o poder do Espírito Santo estava presente para abrir meus ouvidos e para guiar a mensagem ao meu coração.
Então eu achei que nunca havia ouvido a verdade sendo pregada antes. Agoraest ou persuadido que a luz brilhou freqüentemente em meus olhos, mas eu estava cego; portanto, eu achava que a luz nunca havia estado ali. A luz estava brilhando o tempo todo, mas não havia poder para recebê-la. O globo ocular da alma não estava sensível aos raios divinos”

O testemunho de Spurgeon é uma ilustração poderosa sobre quão ineficiente é o evangelho para uma mente que foi cegada para ele. Compartilhar o evangelho com aqueles por quem ninguém orou é como encorajar um cego a observar o por do sol junto com você. É um caso perdido, pois ele é cego. Ele não consegue enxergar!
E, a menos que o Espírito Santo remova as vendas demoníacas e abra a mente e o coração daquele homem, ele não pode ser salvo porque as coisas de Deus são “lhe parecem loucura” (1 Coríntios 2:14). A palavra grega para loucura é “moria”, de onde deriva a palavra ‘moron’ em inglês, que significa ‘imbecil’. O dicionário da língua inglesa Webster’s define a palavra ‘moron’ como “a mais alta classificação de deficiência mental, acima de imbecil ou idiota.” Logo, uma pessoa perdida vê o evangelho como sendo uma imbecilidade, uma estupidez; mas é o “homem forte” na vida dessa pessoa que lhe causa essa atitude negativa em relação ao evangelho.

Tentar compartilhar o evangelho com alguém nessa condição (que inclui todos os perdidos por quem ninguém está orando), pode até fazer mais mal do que bem. Jessie Penn-Lewis diz, “Enquanto não reconhecermos o homem forte ‘totalmente armado’ por detrás de todas as trevas do pensamento, e de toda cegueira para o evangelho, talvez não consigamos muito no que se refere a tirar as pessoas do poder das trevas para dentro do reino do amado filho de Deus. E, enquanto não soubermos como prestar bastante atenção à admoestação do Senhor e primeiro atarmos o homem forte, as tentativas que fizermos para ‘espoliar-lhe os bens’ apenas o deixarão mais enraivecido, e o habilitarão a fortalecer sua armadura e a guardar seu palácio em paz”

Assim que entendermos a importância de orar pelas vidas a serem salvas, devemos aprender  como fazê-lo. Na edição da Revista Fullness de Janeiro de 1979, Manley Beasley escreveu um artigo intitulado “Como orar pelos perdidos”. Esta foi a afirmação de introdução: “Orar pelos perdidos é uma área sobre a qual muito se fala mas pouco se conhece ou se entende.” É como tentar abrir um cofre trancado sem conhecer a combinação; não importa quão valioso seja o conteúdo, nós acabaremos frustrados e desistiremos.
Mas as vidas eternas por quem Cristo morreu são valiosas demais para desistirmos. Portanto, devemos aprender como orar eficientemente por elas. A propósito, pode ser que a sua oração esteja mantendo alguém fora do inferno. O famoso reavivalista Charles G. Finney disse, “No caso de um amigo impenitente, a condição exata pela qual ele deve ser salvo do inferno pode ser o fervor e a importunação da oração que você faz por aquele indivíduo” (Finney, p. 54).
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