Na versão do amalequita, Saul lhe teria dito: "Arremete sobre mim e mata-me, pois me sinto vencido de cãibra" (2 Sam 1:9). Saul não podia levantar-se, não podia lutar, não podia fugir - porque estava vencido pela cãibra. O rei estava imóvel, parado e derrotado, pois se achava vencido pela cãibra. Mas não é só a cãibra que pode deixá-lo no chão. Às vezes você não é um vencido pela cãibra, mas é um vencido pelo sono, como Êutico, aquele jovem que caiu do terceiro andar e foi dado como morto (Act 20:9). Às vezes você não é um vencido pelo sono, mas é um vencido pelo vinho (Isa 28:1). Às vezes você não é um vencido pelo vinho, mas é um vencido pela mulher adúltera, cujos lábios "destilam favos de mel" (Pr 5:3) e "cujos pés não param em casa" (Pr 7:11).
Talvez você seja um vencido pelo temperamento, pela ira, pelo ódio, pela inveja, pela carne, pelo curso deste mundo, pela multidão ou pelo demônio.
Essa situação não é confortável, não é saudável, não é boa. Ser vencido por qualquer força estranha gera tristeza, gera remorso, gera desânimo, gera sentimento de inferioridade, gera vergonha, gera confusão, gera culpa, gera desespero. Você não é obrigado a ser vencido pelo mal. Essa rotina descabida precisa acabar. É você quem tem de vencer a cãibra, o sono, o álcool, as drogas, a preguiça, o amor ilícito, a incredulidade a amargura, o maligno
Insista na oração. Aprenda a dizer não a você mesmo. Não existe vitória sem renúncia, sem disciplina, sem perseverança. Assim como a criança começa a andar, comece a ceder, comece a abrir mão daquilo que o tomava vencido, comece a se acostumar com a vitória. Não vai demorar nada e você deixará de ser um vencido, para ser um vencedor. Por meio daquele que "sempre nos conduz em triunfo" (2 Co 2:14).