O Conde Zinzendorf tinha 27 anos de idade quando passou por uma experiência extraordinária, fruto de sua vida consagrada à oração.
Os moravianos são descendentes espirituais do famoso reformador João Huss, e eram conhecidos pelo nome de "Os Irmãos". Muitos, para fugir à sanha dos perseguidores, refugiavam-se na Alemanha e na Saxônia, e encontravam asilo nas propriedades do Conde. Ali se reuniam os crentes de diversas correntes evangélicas: batistas, luteranos, "os irmãos", etc.
"Os irmãos" formavam um grupo de mais ou menos 300 pessoas.
A princípio, como era de se esperar, as questões doutrinárias não os deixavam em paz: o batismo, a predestinação, a santidade, e tantas outras... Esse fato deixou seriamente preocupado o jovem Conde.
Além do aconselhamento de líder do grupo, passou a dedicar-se seriamente à oração.
Nas memórias dos moravianos se diz que no dia 16 de julho de 1727 o Conde orou com tanto fervor e lágrimas, que foi o princípio das maravilhas ali operadas por Deus. Fizeram, então, os componentes do grupo, um pacto de se reunirem muitas vezes em Hutberg, a fim de orarem. Mas no dia 13 de agosto foi que aconteceu "O Pentecoste dos Moravianos". Um dos seus historiadores assim descreve:
"Vimos a mão de Deus e as suas maravilhas, e todos estiveram sob a nuvem de nossos pais, e fomos batizados com o Espírito Santo".
A partir daí, as missões moravianas se estenderam por todo o mundo. O historiador, doutor Werneck, diz:
"Esta pequena igreja, em vinte anos, trouxe à existência mais missões evangélicas do que qualquer outro grupo evangélico o fez em dois séculos".
"E há de ser que, depois, derramarei o meu Espírito sobre toda a carne, e uossos filhos e vossas filhas profetizarão, os vossos velhos terão sonhos, os vossos mancebos terão visões. E também sobre os servos e sobre as servas naqueles dias derramarei o meu Espírito. E mostrarei prodígios no céu, e na terra, sangue e fogo, e colunas de fumo" (Jl 2.28-30).